CRDI ou "
Common Rail Direct Injection" é uma sigla
utilizada para denominação de um sistema de injeção direta de combustivel diesel
sob alta-pressão em motores de combustão interna, criado pela Fiat italiana e,
posteriormente, desenvolvido e patenteado pela Bosch alemã, que o licenciou
para vários fabricantes mundiais de veículos automotores, como Mitsubishi,Hyundai,Ford,
Mercedes-Benz, Kia,Nissan e Volkswagen, entre outros.
O
Common-rail é um sistema de injeção criado nos anos 90 para
veículos utilitários de trabalho pesado e posteriormente adaptado para
automóveis ligeiros Engeneering e posteriormente cedido para desenvolvimento à
Bosch alemã.
A Fiat foi a primeira marca a comercializar um automóvel com esta
tecnologia. Estreou-se em 1997 no Alfa Romeo 156, e no mesmo ano no
Mercedes-Benz E 320 CDI.
Consiste numa bomba de alta pressão que fornece a pressão através de uma
rampa comum a todos os injetores, o que permite fornecer uma pressão (de 1350 Bar
a 1600 bar) constante de injeção, independentemente da rotação do motor, sendo
o comando dos injetores e feito por válvulas magnéticas presentes na cabeça dos
mesmos. A sua vantagem é um menor ruido de funcionamento, arranque a frio quase
instantâneo, e uma clara melhoria de prestações e diminuição da poluição e de
consumo. Atualmente é o sistema usado em quase todos os diesel.
Em 2002, a Fiat apresentou ao mundo o Common-Rail com mais pressão a nível
mundial - 1800 bar e ainda com 5 múltiplas injeções com uma enorme precisão. O
sistema está assim conforme a lei de gases europeia EURO4 com a vantagem de o
conseguir sem filtros de partículas.
Há diferentes sistemas usados por diferentes fabricantes, mas foram todos
criados pela Bosch e são equivalentes em termos de qualidade e eficácia: o
"Unit Injector System" (UIS) e o "Common Rail System"
(CRS).
Em ambos os sistemas, o combustível é injetado nos cilindros sob pressão
muito alta. O próprio processo de injeção é controlado eletronicamente, para
que seja sempre injectado o volume ideal de combustível, exatamente no momento
certo. E isso garante o rendimento máximo com o mínimo consumo e níveis de
emissão baixos.
No Unit Injector System (UIS), cada cilindro do motor tem um injetor
individual que gera uma pressão até 2050 bar em automóveis de passageiros. O
pulverizador de injeção está integrado no injetor e injeta para a câmara de
combustão.
O Unit Injector System permite uma injeção precisa com durações de injeção variáveis.
Este processo de injeção e a alta pressão aplicada resultam numa combustão
excelente. Isso garante um rendimento mais alto, um consumo de combustível mais
baixo e emissões reduzidas de ruído e de gás de escape.)
No Common Rail System, a separação da função mecânica de injeção para o
sistema eletrônico, permite que um lastro de combustível sob alta pressão, até
1600 bar, fique previamente armazenado numa câmara a espera de um sinal para
ser injetado nos cilindros. Ainda nesse sistema, válvulas magnéticas de alto
rendimento liberam a passagem desse combustível, nos tempos de ignição, são
controladas eletronicamente o que permite estabelecer o tempo de duração da
injeção por cilindro, proporcionando, mais recursos para melhorar o processo de
combustão.
O Common Rail System da terceira geração usa injetores piezo em linha
especialmente rápidos que cortam as emissões em mais 20% e o consumo de
combustível em mais 3%, enquanto também reduzem o ruído do motor.
O Electronic Diesel Control (EDC) da Bosch fornece um controlo ótimo do
processo de injeção diesel em todos os momentos operacionais. O sistema analisa
a informação fornecida pelos sensores do motor para calcular o melhor processo
de injeção.
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